segunda-feira, 24 de março de 2014

Monotipia, o primeiro passo a gravura.

Muitos conhecem o conceito de gravura como algo parecido com imagem, uma gravura é uma imagem, para muitos. Mas na realidade, gravura é considerada uma maneira de arte feita para cópias, com diversas variações, desde em madeira quando pintadas na hora. E dessa vez será a Monotipia.
Um tutorial de como fazer monotipia random.

Na realidade, a gravura já é uma prática antiga, usada desde épocas onde a igreja católica reinava e fazia cópias de alguns desenhos bíblicos, como aquelas grandes letras situadas em cantos de páginas dos antigos livros divinos.
A partir dai a gravura apenas foi aumentando, criando diversas técnicas, como carimbos no japão, onde usavam já a xilogravura a muito tempo em seus carimbos de madeira.
Conforme as épocas foram passando, diversas técnicas foram criadas, desde por exemplo Stencil, até mesmo Monotipia, ou Xilogravura, como já citado.

 Monotipia Linear, minha terceira tentativa.

A Monotipia, que será nosso assunto bacana de hoje, se tratá de uma maneira de cópia, como qualquer outra gravura, através da tinta direta num recipiente, podendo ser pintada uma figura em um recipiente, no caso de Monotipia de adição, ou pode ser desenhado encima de uma superfície coberta de tinta, sendo Linear ou Monotipia de Subtração.
De qualquer forma, ela se destaca das outras por ter seu lado original, a monotipia é a única que se pode garantir que nunca terá uma cópia exata, cada cópia terá sua originalidade e seu diferencial, seja a tintura um pouco em falta ou as alterações que podem ser feitas nas cópias posteriores.

Monotipia de adição, usado folhas para as estrelas, ficou tosco.

No caso de monotipia de adição, você pega um recipiente, como por exemplo uma placa de Raio-X que todos tem em casa, e pinta sobre ela, após isso é só colocar uma folha sobre e prensar, onde a pintura da placa ira passar para a folha e assim você pode repetir o processo. É a mais fácil das técnicas de gravura e pode ser considerada a com cópias mais escassas, porém a originalidade é o principal aspecto.
Essa monotipia muitas vezes pode dar errado por excesso de tinta que você coloque em um ponto, e na hora de passar a tinta escorre e acaba estragando tudo.
O diferencial também da técnica de adição é você poder usar textura de outros objetos ou formas ja definidas para efeitos. Como por exemplo, você pode fazer as folhas de árvores de sua pintura com folhas de verdade, só pintá-las, colocá-las sobre a placa, e prensar. Sairá a textura das folhas da cor que você desejou.
E isso não é apenas aplicado a apenas adicionar texturas, você pode bloquear o acesso da tinta através de barbantes, talco, entre diversos outras coisas, que irão separar e dar ótimos efeitos.

Monotipia Linear, minha segunda tentativa, na primeira o desenho não saiu.

Já na monotipia linear, seu objetivo é repassar um desenho já pre-feito para o papel, ou seja, você primeiro cobre a placa de raio-x totalmente, com tinta da cor que desejar, e então coloca a folha sobre a placa.
Após colocar a folha sobre a placa, você pode colocar o desenho que deseja encima, invertido (use papel vegetal ou manteiga), e passar por cima, assim quando retirar as folhas, terá uma cópia de seu desenho onde toda área que você fez pressão será marcada. Por isso vale lembrar que se apoiar na folha, puxar ela, fazer força demais, tudo isso pode prejudicar a gravura.

Segunda tentativa de Monotipia de Subtração, tem asas, bigode e cauda. 

A monotipia de subtração, o último tipo de monotipia, ela possui o mesmo principio da linear, de ter uma placa toda pintada com a tinta, mas dessa vez você vai retirar a tinta de onde deseja. No caso, você pode até reutilizar a da linear para fazer um desenho sobre o outro.
Onde você tirar irá ficar da cor do papel, ou seja, é como se fosse desenhar em negativo, onde você tirá as partes para não colorir. Depois de tirar, você passa pela prensa, e então terá sua monotipia de subtração.

Só lembrando que todas as tintas que usamos no atelie são Tipográficas, e não são tão belas e harmoniosas, são um pouco (-q) tóxicas, e fazem mal dependendo da pessoa, então e sempre melhor lavar depois de usar e tomar cuidado. O único produto que tira ela da mão, é uma pasta rosa bugada.

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